INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA ECONOMIZARIA US$ 25 TRILHÕES ÀS CIDADES

INFRAESTRUTURA CICLOVIÁRIA ECONOMIZARIA US$ 25 TRILHÕES ÀS CIDADES

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Há alguns anos atrás, Nova York atingiu um marco no ciclismo: 1% das viagens realizadas na cidade foram em bicicletas. Na verdade, é um enorme aumento em relação ao passado, e outras cidades estão seguindo um caminho semelhante – embora o ciclismo nestas cidades ainda seja uma pequena fração se comparado com lugares como Amsterdã, na Holanda, onde cerca de 40% das viagens acontecem de bicicleta.

O que aconteceria se o mundo inteiro começasse a andar um pouco mais de bicicleta como na capital holandesa?

Se o resto do mundo pedalasse cerca de 25% do total que hoje se pedala em Amsterdã – até o ano de 2050 – as cidades poderiam economizar cerca de 25 trilhões de dólares, ou mais de 700 bilhões por ano, de acordo com o relatório “A Global High Shift Cycling Scenario“, do Instituto de Política de Transporte e Desenvolvimento da Universidade da Califórnia, EUA.

Ainda de acordo com o relatório, os benefícios apareceriam também na qualidade do ar, pois as emissões de carbono do transporte urbano cairiam quase 11% (até 2050), ao passo que, se mantiverem o ritmo atual, podem dobrar no mesmo período. Isso mostra o potencial de contribuição das bicicletas no transporte urbano, tanto em termos de qualificação da mobilidade quanto de sustentabilidade para os centros urbanos.

O relatório descreve os passos que as cidades podem tomar para incentivar mais o ciclismo. Também descreve programas de compartilhamento e infraestrutura para mudar as políticas que facilitam a condução.

Uma cidade voltada ao ciclismo pode fornecer uma enorme quantidade de mobilidade a um custo realmente baixo comparado a uma cidade voltada para carros”, diz Lew Fulton, co-autor do relatório.

Isso porque, entre outros fatores, a cidade destinaria menos recursos à construção de vias, bem como as pessoas gastariam menos para comprar e manter um carro.

Embora o estudo não foque na questão da saúde, também seriam reduzidos os gastos neste campo

Cidades com menos carros registram menos acidentes, as pessoas se exercitariam mais e há menos problemas desencadeados pela poluição. Também é possível reduzir os custos com a queda de produtividade em decorrência das horas perdidas em congestionamentos.

Na medida em que as cidades crescem, em população e número de veículos, abre-se uma oportunidade de fazer mudanças. Essas mudanças podem garantir um futuro onde as próximas gerações escolham deslocar-se da maneira mais sustentável e saudável possível.

Alguns bons exemplos mostram que é possível fazer essa transição e aumentar a participação da bicicleta na distribuição modal. Em Sevilha, na Espanha, os deslocamentos feitos de bicicleta passaram de 0,5% em 2006 para 7% em apenas sete anos.

Construir cidades menos dependentes dos automóveis é um passo fundamental para avançar no desenvolvimento sustentável. E não somente isso, mas um passo possível de ser dado.

O relatório completo está disponível neste link.

Meio Info / Fast Company / TheCityFixBrasil

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