A “MEMÓRIA UNIVERSAL” FOI CRIADA E REVOLUCIONARÁ A TECNOLOGIA COMO A CONHECEMOS

A “MEMÓRIA UNIVERSAL” FOI CRIADA E REVOLUCIONARÁ A TECNOLOGIA COMO A CONHECEMOS

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Um novo tipo de memória de computador que poderia resolver a crise de energia da tecnologia digital foi inventado e patenteado por cientistas da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.

O dispositivo de memória eletrônica – descrito em pesquisa publicada no periódico Nature Scientific Reports – promete transformar a vida cotidiana com seu consumo de energia ultra baixo. E não é ”só” isso!

Em casa, a economia de energia de equipamentos eficientes de iluminação e eletrodomésticos foi completamente eliminada pelo aumento do uso de computadores e aparelhos, e em 2025 um ‘tsunami de dados’ deverá consumir um quinto da eletricidade global.

Mas, esse novo dispositivo reduziria imediatamente o consumo de energia de pico nos data centers em um quinto do que é consumido. Também permitiria, por exemplo, computadores que não precisem ser inicializados e possam instantaneamente e imperceptivelmente entrar em um modo de economia de energia.

O dispositivo é a realização da busca por uma “Memória Universal” que preocupou cientistas e engenheiros por décadas.

O professor de física Manus Hayne, da Universidade de Lancaster, disse:

A Memória Universal, que armazena dados facilmente modificados, é amplamente considerada inviável, ou mesmo impossível, porém este dispositivo [que foi criado] demonstra suas propriedades [antes consideradas] contraditórias.” [grifo nosso]

Uma patente dos EUA foi concedida para o dispositivo de memória eletrônica com outra patente pendente, enquanto várias empresas manifestaram interesse ou estão ativamente envolvidas na pesquisa.

Os inventores do dispositivo usaram a Mecânica Quântica para resolver o dilema de escolher entre armazenamento de dados estável e de longo prazo e gravação e apagamento de baixa energia. O dispositivo poderia substituir o mercado de 100 bilhões de dólares em memória dinâmica de acesso aleatório (DRAM), que é a “memória de trabalho” dos computadores e outros dispositivos (que gravam dados temporariamente), bem como a memória de armazenamento contínuo (longo prazo) em flash drives (ex: pendrives, SD, SSD’s) ou até memória de armazenamento de smartphones (eMMC ou UFS).

Embora a gravação de dados em DRAM seja rápida e de baixa energia, os dados são voláteis e devem ser continuamente atualizados para evitar que sejam perdidos: isso é claramente inconveniente e ineficiente. O Flash armazena dados de forma robusta, mas a gravação e o apagamento são lentos, consomem muita energia e o deterioram, tornando-o inadequado para a memória de trabalho.

O professor Hayne afirma que:

O ideal é combinar as vantagens de ambos sem seus inconvenientes, e isso é o que demonstramos. Nosso dispositivo tem um tempo de armazenamento de dados intrínseco que está previsto para ultrapassar a idade do Universo, mas pode gravar ou excluir dados usando 100 vezes menos energia que a DRAM.”

A pesquisa completa foi publicada no periódico Nature Scientific Reports, disponível neste link.

Meio Info / Science Daily

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