CARROS ELÉTRICOS SÃO AMIGOS DO MEIO AMBIENTE? PARA A ANISTIA INTERNACIONAL NÃO!

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A Anistia Internacional atacou a indústria automotiva por comercializar veículos elétricos como ambientalmente corretos, enquanto produz muitas das baterias usando combustíveis fósseis poluentes e minerais de origem não ética.

Fazer baterias é um processo que pode ser pesado em emissões de carbono, enquanto a extração de minerais usados nas baterias tem sido associada a violações de direitos humanos, como trabalho infantil, disse uma declaração do grupo de direitos humanos.

Os veículos elétricos são a chave para desviar a indústria automotiva do uso de combustíveis fósseis, mas atualmente não são tão limpos e éticos quanto alguns varejistas gostariam que acreditássemos”, disse a Organização, anunciando a iniciativa da “Nordic Electric Vehicle Summit”, em Oslo (Noruega).

A produção de baterias de íons de lítio para híbridos e elétricos demanda muita energia, e as fábricas estão concentradas na China, Coreia do Sul e Japão, onde a geração de energia é amplamente dependente de carvão ou outros combustíveis fósseis, disse a Anistia.

Isso significa que, embora os veículos elétricos sejam essenciais para substituir os combustíveis fósseis e reduzir as emissões de gases na atmosfera, é preciso fazer mais para reduzir a pegada de carbono na fase de fabricação. Enquanto isso, a crescente demanda por minerais como cobalto, manganês e lítio também levou a um aumento de interesse na mineração em alto-mar, podendo ter impactos graves e irreversíveis na biodiversidade marinha.

As montadoras globais estão investindo bilhões de dólares para aumentar a produção de veículos elétricos. A gigante alemã Volkswagen planeja elevar a produção anual de carros elétricos para 3 milhões até 2025, de 40.000 em 2018.

A Anistia Internacional também está pedindo às empresas que garantam que as baterias sejam descartadas de forma responsável, já que existem evidências significativas que mostram que os resíduos das baterias (que contém vários materiais perigosos), estão sendo irresponsavelmente descartados, contaminando o solo, a água e o ar.

A Anistia exigiu que a indústria de veículos elétricos apresente uma bateria ética e limpa dentro de cinco anos e que as pegadas de carbono sejam divulgadas, bem como as cadeias de fornecimento dos principais minerais sejam identificados.

A Reuters teve acesso a um documento no qual mostrava que 14 organizações não-governamentais, incluindo a Anistia Internacional e a Global Witness, se opuseram aos planos da London Metal Exchange (LME) de proibir o uso de cobalto que tenha sido produzido através de abusos dos direitos humanos.

Por outro lado, a Anistia afirmou que em vez de proibir as produtoras de cobalto, a LME deve trabalhar com elas para que elas possam garantir um abastecimento (do produto) da forma mais responsável possível.

 

Meio Info / Anistia Internacional / Reuters

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