Telhas de concreto que produzem energia elétrica a partir de células fotovoltaicas, sem necessidade de painéis solares adicionais. Essa é a tecnologia que recebeu aval e registro do INMETRO e será produzida no Brasil pela empresa Eternit.
A telha, chamada de BIG-F10, é a primeira no país deste tipo e tem expectativa de retorno sobre investimento entre 3 a 5 anos após a instalação.
A produção será feita pela Tégula Solar, empresa que pertence ao grupo Eternit. Segundo o grupo, a fábrica da Tégula em Atibaia/SP já adaptou sua infraestrutura para produzir as telhas.
Somos a única companhia brasileira a produzir localmente um produto revolucionário que irá ajudar a diminuir o consumo de energia tradicional de forma ecológica, ao mesmo tempo em que promove eficiência no uso”, afirma Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit, em nota.
Segundo cálculos da Eternit, as telhas solares serão mais acessíveis do que os painéis solares tradicionais.
Estamos estimando uma economia entre 10% e 20% no valor total da compra e da instalação das telhas fotovoltaicas, em relação aos painéis solares montados em cima de telhados comuns”, afirmou Rodrigo Inácio, diretor comercial do Grupo Eternit.
A empresa estima que o uso da tecnologia possa reduzir o custo de um sistema solar em até 20%. Para uma residência pequena, são necessárias cerca de 150 telhas; casas de alto padrão devem utilizar até 600 unidades. O restante do telhado pode ser feito com telhas comuns.
Com perspectiva de comercialização para o grande público em 2021, cada telha solar, que tem medidas de 36,5 cm por 47,5 cm (um pouco maior que uma telha romana de cerâmica), tem potência de 9,16 watts, o que se reflete em uma capacidade média mensal de produzir 1,15 Quilowatts hora (Kwh) por mês.
O consumo médio residencial de energia elétrica no Brasil é de 152,2 kWh/mês.