Há muitos anos, cientistas e ativistas sociais têm alertado que a desigualdade de renda, o esgotamento de recursos, e crescimento populacional descontrolado poderia levar ao colapso da civilização. No entanto, os decisores políticos têm até agora considerado estas afirmações como pouco mais do que simples previsões delirantes.
Um novo estudo de pesquisadores da Universidade de Maryland e da Universidade de Minnesota confirma estas profecias aterrorizantes, afirmando que a sociedade industrializada tal como a conhecemos pode entrar em colapso completamente dentro das próximas décadas.
Trabalhando com uma estrutura que incorpora a análise matemática, ciências sociais, e observação de fenômenos naturais, dinâmicas humanas sobre a natureza, o estudo constata também através da ampla evidência histórica de que a superpopulação, falhas no sistema da agricultura, acesso limitado a água, o consumo de energia, bem como a distribuição desigual da riqueza, poderiam se combinar para significar o fim da sociedade tal como a conhecemos.
O relatório do estudo ainda prevê que o aumento da pressão sobre a capacidade de carga ecológica da Terra irá promover a estratificação de riqueza, dividir a sociedade em que os pesquisadores chamam as “elites” e “massas”. Como os ricos usam todos os recursos e ditam a política, eles vão alocar pouco para a maioria da população que também são os responsáveis pela criação de sua riqueza. Os avanços na tecnologia e na agricultura não vão melhorar a situação através do aumento da eficiência dos recursos, pois as taxas de consumo também continuam aumentando.
Os pesquisadores acreditam que a humanidade está em rota de colisão com o desastre, e eles descrevem dois cenários prováveis:
No primeiro
Tudo vai parecer estar bem por um curto período de tempo, mas, eventualmente, um pequeno número de Elites vão começar a esgotar os recursos de todos. Mesmo sob o mais “conservadores” taxas de consumo, as Elites vão demorar muito e causarão uma fome entre as massas e, mais tarde eles mesmos. Neste modelo, a sociedade é sabotada por forças humanas mais do que as naturais.
No segundo
Em um futuro alternativo, o consumo mais rápido dos recursos afetará as massas em um curto período, enquanto as elites ainda sobrevivem, mas logo depois desaparecem.
Em ambas as situações, as massas começam a ser afetadas de forma mais forte e mais rápida, enquanto os escalões superiores não conseguirão ajustar seu comportamento até que seja tarde demais.
Para evitar um apocalipse, os cientistas pedem igualdade econômica, diminuição gritante no consumo, bem como a distribuição mais justa dos recursos. A produção de energia deve ser mais limpa, com tecnologias renováveis, bem como seu consumo mais conservador.
Se os seres humanos querem sobreviver no planeta, é necessária uma ação política imediata para reduzir o crescimento descontrolado da economia, a ameaça de poluição, bem como a concessão injusta da riqueza. Para preservar não apenas a qualidade de vida, mas a sua própria existência, é hora de restabelecer o equilíbrio para ambos os sistemas naturais e sociais.
Estudo está disponível neste link.