Quais são os últimos processos que o cérebro humano realiza antes de deixar de funcionar para sempre?
A resposta a esta pergunta foi dada através de um estudo de um grupo de cientistas dos EUA e da Alemanha, publicado na revista Annals of Neurology.
O objetivo do estudo era observar o que acontece no âmbito neuronal quando uma pessoa deixa de viver, com o objetivo de identificar se a isquemia cerebral – a redução do fluxo sanguíneo no cérebro – pode ou não ser reversível.
A conclusão foi que, passados alguns minutos sem receber oxigênio, os neurônios “se apagam”. O processo não é repentino. Pelo contrário, acontece dividido em duas fases.
Primeira fase: “modo silencioso”
Nesta etapa de depressão cortical sem propagação, os neurônios deixam de exercer as suas funções quando detectam que há escassez de oxigênio, mas continuam ativos, uma vez que tentam conseguir esse elemento de todas as formas possíveis.
Segunda fase: “modo repouso”
Após a primeira fase, os neurônios começam a poupar toda a energia que podem e mantêm uma carga elétrica mínima, para que possam se recuperar caso o oxigênio e o fluxo sanguíneo se restabeleçam. Se isso não acontece no máximo em cinco minutos, os neurônios perdem as suas ligações – ou sinapses – e morrem.
Os especialistas realizaram esta análise em oito pessoas, das quais três padeciam de uma hemorragia subaracnoide – tinham sangue em espaços onde normalmente circula líquido cefalorraquidiano (ou cerebrospinal) – e as outras cinco tinham sofrido um traumatismo craniano.
Eles analisaram pacientes com lesões cerebrais graves para identificar com maior precisão o momento em que o cérebro humano deixa de funcionar. O que acontece no cérebro quando o coração para de bater é um assunto que desperta muito interesse entre a comunidade científica.
Outro estudo foi realizado sobre o assunto
Em dezembro de 2017, os cientistas descobriram que a consciência continuava durante três minutos após o coração parar de bater, o que parece ser suportado por este último estudo.
O artigo sobre essa descoberta foi publicado na revista científica Annals of Neurology, disponível neste link.
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Antes estuda português