NOVA DESCOBERTA MOSTRA QUE PRIMEIROS HUMANOS ERAM SOFISTICADOS E COMERCIANTES

NOVA DESCOBERTA MOSTRA QUE PRIMEIROS HUMANOS ERAM SOFISTICADOS E COMERCIANTES

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Antropólogos do Museu Nacional de História Natural dos Estados Unidos e uma equipe internacional de colaboradores descobriram que os primeiros humanos (homo sapiens) na África Oriental, que viveram a cerca de 305-320 mil anos atrás (segundo a cronologia evolutiva – sce), usavam ferramentas sofisticadas e até corantes, que não eram característicos do Paleolítico inicial.

Os artefatos foram encontrados durante as escavações na região de Olorgesailie, no sul do Quênia. O primeiro sinal da existência humana neste território remonta há 1,2 milhões de anos (sce).

Os humanos arcaicos, como Homo heidelbergensis e Homo erectus, utilizaram pedras talhadas para desempenhar funções de machado, faca ou ponta perfurante, diferentemente dessas novas descobertas, onde as ferramentas são as mais finamente trabalhadas já encontradas.

PRIMEIROS HUMANOS ERAM SOFISTICADOS E COMERCIANTES
A primeira evidência da vida humana na Bacia Olorgesailie vem de cerca de 1,2 milhões de anos atrás. Por centenas de milhares de anos, as pessoas que moravam lá faziam e usavam grandes ferramentas de corte feitas de pedra, chamadas de handaxes (à esquerda). De acordo com três novos estudos publicados na Science, os primeiros seres humanos na África Oriental tinham – há cerca de 320 mil anos – começaram a usar pigmentos de cor e a fabricar ferramentas mais sofisticadas (à direita) do que as das fabricadas no Paleolítico inicial, dezenas de milhares de anos antes do que a evidência anterior mostrou no leste África. As ferramentas sofisticadas (à direita) foram cuidadosamente criadas e mais especializadas do que as grandes e multifunções (à esquerda). Muitos eram pontos projetados para serem presos a um eixo e potencialmente usados ​​como armas de projétil, enquanto outros eram moldados como raspadores ou cabos. Os Museus Nacionais do Quênia emprestaram os artefatos mostrados acima para conduzir as análises publicadas na Science. Imagem fonte: Programa de Origens Humanas, Smithsonian

Algumas dessas ferramentas são feitas de obsidiana, um tipo de rocha vulcânica cujos depósitos estavam entre 24 e 88 km do local das escavações. Este fato indica que houve comércio entre os diferentes grupos populacionais que habitavam a África daquele período.

Também foram encontrados cristais de manganês e ocre, que podem ter sido utilizados como corantes, para pintura corporal ou outro tipo de expressão simbólica.

A equipe de pesquisa também descobriu rochas negras e vermelhas – manganês e ocre – nos locais, junto com evidências de que as rochas haviam sido processadas para uso como material de coloração. Não sabemos em que a coloração foi usada, mas a coloração é frequentemente tomada pelos arqueólogos como a raiz da comunicação simbólica complexa, disse Rick Potts, diretor do Human National Museum of Natural History. Assim como a cor é usada hoje em roupas ou bandeiras para expressar identidade, esses pigmentos podem ter ajudado as pessoas a se tornarem membros de alianças e manterem laços com grupos distantes, afirma Potts. Os Museus Nacionais do Quênia emprestaram os materiais acima descritos para realizar as análises publicadas na Ciência . Imagem fonte: Programa de Origens Humanas, Smithsonian

Estas novas descobertas foram divulgadas em três estudos distintos, publicados na revista Science, e indicam que estes comportamentos da espécie humana no Paleolítico surgiram durante um período de tremenda variação climática na região.

Segundo estes estudos, como os terremotos remodelaram a paisagem e o clima começou a variar entre as estações úmidas e secas, as inovações tecnológicas, as redes de intercâmbio social e a comunicação simbólica precoce ajudaram os primeiros seres humanos a sobreviver e a obter os recursos que precisavam perante estas condições imprevisíveis

Esta mudança para um conjunto muito sofisticado de comportamentos, que implicou maiores habilidades mentais e em uma maior complexidade da vida social, pode ter sido o principal elemento que distingue nossa linhagem de outros seres humanos primitivos”, disse Rick Potts, diretor do programa Origens Humanas, do Museu Nacional de História Natural.

O estudo publicado na Phys.org está disponível neste link.

Meio Info / RT

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