CIENTISTAS BRASILEIROS CRIAM NANOMATERIAL QUE REMOVE POLUENTES NOS EFLUENTES

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A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen/MCTI) obteve patente para uma invenção de um nanomaterial super-paramagnético que pode ser usado para remover poluentes metálicos e tóxicos, incluindo os radioativos, presentes nos efluentes industriais. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o invento foi desenvolvido pelas pesquisadoras Mitiko Yamaura e Ruth Luqueze Camilo, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), e pelo pesquisador Luiz Sampaio, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF/MCTI). A patente foi concedida no fim de 2012.​

Composto de partículas de magnetita em escala nanométrica, o material patenteado constitui alternativa barata e eficiente aos métodos existentes para tratamento de efluentes. A metodologia consiste na remoção das nanopartículas dos poluentes com uso de campo magnético produzido por um ímã, por exemplo.

Como funciona​

As nanopartículas magnéticas têm sua superfície revestida por uma fina camada de material polimérico e um agente extrator, de modo a serem funcionalizadas e se tornarem receptoras seletivas de determinados íons ou moléculas (orgânicas) de interesse. Na invenção dos três pesquisadores, as nanopartículas são utilizadas para remover íons de urânio de meio aquoso.

Luiz Sampaio explica que as nanopartículas magnéticas são amplamente conhecidas pela sua propriedade de purificar soluções e já bastante utilizadas nos campos da biomedicina, da biologia molecular, do diagnóstico médico e da química. As partículas descritas na invenção de que ele participou são seletivas para íons metálicos tri, tetra e hexavalentes de soluções altamente ácidas.

A patente, depositada em 2003, tem prazo de validade de 20 anos, contados a partir da data do depósito.

 

Meio Info / Olhar Digital

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